O MEC (Ministério da Educação) e o INEP (Instituto Nacional de Estudos e Pesquisas Educacionais) entregaram, na semana passada, à Andifes (Associação Nacional dos Dirigentes das Instituições Federais de Ensino Superior) a proposta de criação de uma prova semelhante ao Enem (Exame Nacional do Ensino Médio) para servir como vestibular unificado das universidades federais.
A proposta causou polêmica. Além das instituições federais, a idéia é que o novo Enem seja estendido posteriormente a instituições privadas e as demais públicas, mediante adesão das universidades. Cada uma das instituições terá liberdade para decidir se quer ou não participar de tal processo. A autonomia de cada uma será mantida, uma vez que elas poderão usar o modelo sem deixar de implementar outras formas de ingresso, como o PAS (Programa de Avaliação Seriada), por exemplo.
O que chama mais a atenção é toda essa preocupação em modificar a forma de acesso à universidade. Seria muito mais interessante se cumprissem o que está escrito na Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que preconiza a valorização da educação básica em todos os seus níveis. Contudo, querem é fazer uma reforma começando "pelo teto", de cima para baixo e isso não é uma vantagem.
Agora, é esperar pelo desfecho disso tudo. Corriqueiramente, muitos alunos que concluem o Ensino Médio e vão concorrer ao vestibular sem a devida preparação. A situação se agrava quando consideramos os problemas, peculiares a muitas instituições de ensino, como a falta de professores para determinadas áreas, má remuneração e condições físicas precárias.
Desse modo, junta-se todo esse "aparato" e entrega-se ao aluno uma prova de 200 questões, na qual serão medidas as suas habilidades e capacidades. É dessa forma que o governo "saberá" ou não, se o candidato terá condições de ingressar na universidade.
Por MAYKON OLIVEIRA
A proposta causou polêmica. Além das instituições federais, a idéia é que o novo Enem seja estendido posteriormente a instituições privadas e as demais públicas, mediante adesão das universidades. Cada uma das instituições terá liberdade para decidir se quer ou não participar de tal processo. A autonomia de cada uma será mantida, uma vez que elas poderão usar o modelo sem deixar de implementar outras formas de ingresso, como o PAS (Programa de Avaliação Seriada), por exemplo.
O que chama mais a atenção é toda essa preocupação em modificar a forma de acesso à universidade. Seria muito mais interessante se cumprissem o que está escrito na Lei de Diretrizes e Bases (LDB), que preconiza a valorização da educação básica em todos os seus níveis. Contudo, querem é fazer uma reforma começando "pelo teto", de cima para baixo e isso não é uma vantagem.
Agora, é esperar pelo desfecho disso tudo. Corriqueiramente, muitos alunos que concluem o Ensino Médio e vão concorrer ao vestibular sem a devida preparação. A situação se agrava quando consideramos os problemas, peculiares a muitas instituições de ensino, como a falta de professores para determinadas áreas, má remuneração e condições físicas precárias.
Desse modo, junta-se todo esse "aparato" e entrega-se ao aluno uma prova de 200 questões, na qual serão medidas as suas habilidades e capacidades. É dessa forma que o governo "saberá" ou não, se o candidato terá condições de ingressar na universidade.
Por MAYKON OLIVEIRA
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