25 de maio de 2012

LEITOR DO BLOG FAZ ANÁLISE ACERCA DA DECLARAÇÃO DE QUE O PAÍS ESTÁ "300%" PREPARADO PARA ENFRENTAR A CRISE

Dias atrás, postamos a nota destacando a confiança da Presidente Dilma Rousseff (PT), na qual ela afirma que o país está “300%” preparado para enfrentar as dificuldades provocadas pela crise.

O leitor Manoel Flávio de Brito, que é Gestor Financeiro da Estácio FATERN nos enviou um comentário, explicando alguns pontos relacionados a isso.

Abaixo alguns dados importantes para análise quanto à pergunta:

O que se tem observado até o presente momento sobre esta realidade é que na Europa (Zona do euro) a crise tem sido duradoura (especificamente na Grécia) e que os lideres da União Europeia, juntamente com a Alemanha e o Banco Central Europeu se opõem a colocar mais dinheiro no País (já foram emprestados mais de 200 bilhões de euros). Então num ambiente global difícil, a política monetária brasileira quer a todo custo preservar o crescimento. Em dezembro lançou o Pacote do Bem que vai se vencer agora no dia 30/06/2012 – tendo como principais incentivos: 1) - (não cobrando PIS/CONFINS de gêneros alimentícios ( massas), trazendo a alíquota, que era de 9,25% para 0% - 2) - Fim do IOF sobre a aplicação de investidores estrangeiros em ações na Bovespa – 3) - Alíquota 0% de IPI para fogões – 4) - IOF de 3% para 2,5% para venda de móveis e eletroeletrônicos). Em março teve uma reunião com os 26 principais empresários do País para em abril lançar o Sexto pacote de incentivos a indústria brasileira, enquanto deveria apresentar um projeto coerente para aumentar a competitividade externa, e que todos os incentivos até aqui apresentados visa sempre à ampliação do endividamento das pessoas – No mês de março se constatou uma alta de 4,9% na inadimplência em relação ao mês anterior e em fevereiro o Banco Central mostrou um índice de dividas em atraso de 7,6% para pessoa física (bem acima dos 5,8% de fevereiro do ano passado) e 5,8% para empresas (ante 4,7%). Desde 2009 mais de 2 milhões de pessoas financiaram imóveis, uma população equivalente a de Manaus – 7ª cidade mais populosa do País. Fato parecido com o dos Estados Unidos em que os mutuários utilizavam suas casas como garantia e tornou-se uma das causas da crise imobiliária no ano de 2008. Afinal o consumo interno segue em alta, mas embalado pelo aumento dos gastos públicos e pelo crescimento dos salários. Estaríamos 300% preparados se tivéssemos atacado os velhos fatores estruturais, como os custos de energia, a carga tributária (que subiu de 23% do PIB em 1988 para 36% este ano) e a ausência de infraestrutura adequada, representam a causa predominante e a preocupação em resistirmos à crise. Por isso o nosso PIB continua patinando.

MANOEL FLÁVIO DE BRITO

GESTOR FINANCEIRO DA ESTÁCIO FATERN

manoelflaviodebrito@yahoo.com.br

3211-2785- 9402-7888



Por MAYKON OLIVEIRA

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