3 de fevereiro de 2012

MINISTÉRIO DA SAÚDE ANUNCIA MAIS DE 3.500 LEITOS PARA DEPENDENTES QUÍMICOS


O Ministério da Saúde vai disponibilizar mais 3.508 novos leitos em enfermarias especializadas para os usuários de crack e outras drogas no país. A portaria que normatiza as novas vagas, publicada na última quarta-feira (1º), também eleva o valor do repasse médio enviado para pagamento das diárias nas enfermarias especializadas nos hospitais gerais e cria um estímulo financeiro para a implantação.

Ao todo serão investidos R$ 670 milhões nas melhorias, que fazem parte do programa “Crack, é possível vencer”, lançado em dezembro do ano passado pela presidenta Dilma Rousseff. As informações foram divulgadas pelo site do Ministério da Saúde.


Por MAYKON OLIVEIRA

Um comentário:

  1. Essas medidas trazem na verdade sempre duas fáceis que apesar de tratar um mesmo tema, são bem diferentes. Na primeira e talvez a mais interessante ao GOVERNO, é a de retirar imediatamente mais de 3.000 dependentes químicos das ruas, isso em ano de campanha significa mais segurança, mas laser e uma cidade mais “LIMPA” (limpa?) ... e ai, surgem até aqueles outdoor com as frases “ESSE É O JEITO CERTO” “TA FAZENDO MAIS” e o mais famoso “UM PAÍS DE TODOS”. A outra nos remete há pensar um pouco mais como coletividade e não apenas individualmente, e esse talvez seja o grande desafio, eu não estou aqui criticando a criação de 3.000 leitos para internação de dependentes, na verdade, eu quero só questionar se internar é realmente uma solução ou uma maneira de tirar da rua, de esconder o problema?... Penso nisso porque são tantos direitos negados na formação de um dependente (aqui eu cito moradia, trabalho, educação, lazer, saúde e segurança), sem falar no âmbito psicológico (família, amigos e meio social) que influenciados ou não pelos direitos, constituem a formação de um dependente químico, e ai eu fico me perguntando o que seria mais eficaz, retirar o dependente do meio, ou tentar modificar o meio e assim modificar o dependente?
    Penso também que é muito fácil pra quem ta de fora aplaudir a decisão de internar 3.000 pessoas, difícil mesmo é ser um pai ou uma mãe e pedir para que um prefeito ou um vereador conseguiu uma vaga dessas para seu filho, pior ainda é ser o filho, que na grande maioria das vezes já se sente uma “droga” e agora vai ser retirado do meio que nasceu e se criou, e colocado contra sua vontade em um local que nunca nem viu em seus piores sonhos como se fosse um simples objeto não desejado.
    Outro ponto a ser observada nessa matéria é o numero de leitos, são 3.000, e ai, eu não vou chegar nem na capital e nem vou muito longe, vou aqui em Mossoró, pois essa cidade sozinha, já comportaria todos os leitos disponíveis para o país inteiro. E ai, o que fazer com os talvez 100 ou 200 (não tenho um dado certo) de dependente de Caraúbas e de outras cidades?
    Acredito que o principal problema do Brasil é esse jeito positivista de ser. É tudo muito agora, é fazer ISSO para solucionar ISSO, esquecendo que o ISSO, é uma soma de PARTES para formar um TODO e o TODO é a soma das PARTES mais o TODO. Se não pararmos para pensar nisso, esquecemos que a manutenção de apenas um leito, custa bem mais do que uma simples reforma na escola da MARIANA, essa escola, articulada com as ferramentas sociais podem transformar centenas de vidas por ano, o leito, para mim, não muda nada, na verdade o dependente só saiu da rua.

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