4 de fevereiro de 2012

CORRUPÇÃO É DESAFIO PARA UM PAÍS QUE SONHA EM SE TORNAR POTÊNCIA


A queda em série de ministros por supostas irregularidades é apenas a ponta do iceberg da corrupção que corrói o Brasil de forma endêmica, atravessa a política e representa um de seus maiores desafios para se consolidar como potência econômica mundial, segundo especialistas.

"Somos um país rico, mas com costumes de países pobres", declarou Gil Castello Branco, presidente da Contas Abertas, uma ONG especializada na luta contra a corrupção.

Das estatísticas ao cinema, passando pelas denúncias diárias da imprensa, a corrupção é retratada no Brasil como um monstro de sete cabeças, sendo apenas a mais visível a relacionada com a política (o suborno, o pagamento de favores e o tráfico de influência), mas não menos grave que a ineficiência estatal e a corrupção policial.

Fonte: Héctor Velasco/AFP


Por MAYKON OLIVEIRA

Um comentário:

  1. A queda em série de ministros por supostas irregularidades é apenas a ponta do iceberg da corrupção que corrói o Brasil de forma endêmica, atravessa a política e representa um de seus maiores desafios para se consolidar como potência econômica mundial, segundo especialistas.
    "Somos um país rico, mas com costumes de países pobres", declarou Gil Castello Branco, presidente da Contas Abertas, uma ONG especializada na luta contra a corrupção.

    Das estatísticas ao cinema, passando pelas denúncias diárias da imprensa, a corrupção é retratada no Brasil como um monstro de sete cabeças, sendo apenas a mais visível a relacionada com a política (o suborno, o pagamento de favores e o tráfico de influência), mas não menos grave que a ineficiência estatal e a corrupção policial.

    Incorporada à história brasileira, a corrupção é uma das maiores preocupações das classes alta e média em tempos de bonança, e potencial ameaça para os milionários investimentos realizados pelo Brasil para acolher o Mundial de Futebol de 2014 e os Jogos Olímpicos de 2016, segundo analistas.
    "Acredito que, na mesma proporção em que aumenta a quantidade de grandes obras, o risco de corrupção também sobe. O corrupto vai onde o capital está", disse Castello Branco.
    No entanto, Dilma goza de uma popularidade recorde de 72% graças ao bom momento da economia e porque a opinião pública relaciona as renúncias com seu combate à corrupção, e na prática conserva a tradição de assegurar o apoio do Congresso em troca de quotas de poder.

    Dilma governa com uma coalizão integrada por 10 partidos, já que o Partido dos Trabalhadores (PT) tem apenas 85 dos 581 assentos na Câmara dos Deputados.

    Assim, os ministros perderam os cargos, mas seus partidos conservam os ministérios, e inclusive os sucessores foram eleitos de comum acordo entre a presidente e os grupos políticos.

    "Se for somado a isso um sistema de financiamento (privado) das campanhas eleitorais extremamente frágil e sem controle eficiente, é constituída uma margem por onde a corrupção entra no sistema político", disse Filgueiras.

    Entretanto, os brasileiros mantêm uma atitude ambivalente diante do problema da corrupção.
    "Hoje, o brasileiro sabe que a corrupção é um problema sério e (que tem) suas consequências para a vida coletiva. Contudo, este mesmo cidadão não rejeita favorecer um familiar no poder público se tiver a oportunidade", explica Filgueiras.

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