18 de dezembro de 2011

EDUCADOR CARAUBENSE ENVIA NOTA SOBRE A IMPORTÂNCIA DO TRABALHO DOS CONSELHEIROS TUTELARES

Conselheiros x responsabilidade e compromisso

Parabenizo a todos os candidatos por essa brilhante coragem de assumir a responsabilidade árdua e comprometedora com a sociedade de nosso município. Lendo alguns “Santinhos” algo usado com o chamativo para cada cidadão exercer a sua cidadania, votando em apenas dois dos dez candidatos que se apresentam. Todos são dignos de receber o voto de todos nós. Em cada trecho, vê-se um chamativo direto como sendo: Cuidar de criança e adolescente é dever do conselho tutelar; cuidar de criança e adolescente é coisa séria e função do conselho tutelar, fazer valer os direitos... etc. Achei maravilhosos o enunciado de cada um.

Alguém até poderia indagar: Mas por que?! Esse professor querendo aparecer com esse texto agora? Muito bem!. Não quero aparecer. Quem sou eu, para discordar de uma iniciativa tão brilhante. O ponto de vista que quero colocar, apesar do pouco conhecimento que tenho em relação ao Conselho Tutelar, é o seguinte: Assim como nós professores, todos os segmentos que buscam caminhos para uma socialização mais adequada da humanidade, passam por equívocos. Equívocos esses que Sem dúvida, existem equívocos de várias partes. No que tange aos conselheiros, muitos erros são cometidos por causa da falta de familiaridade com o funcionamento das escolas. Não raro, eles não são especialistas em Educação e não acompanham com a profundidade necessária os debates elementares da área: projetos, programas, currículos etc. Até sem ter consciência disso, vez ou outra eles atropelam as escolas com algumas de suas atitudes, dando, por exemplo, opiniões sobre o conteúdo de determinada matéria ou sobre o relacionamento de uma professora com seus alunos sem ouvir os envolvidos ou ainda tomando partido de estudantes contra a direção antes de dialogar. Uma maior aproximação dos CTs com as equipes gestora e docente pode evitar ruídos nesse relacionamento.

Já da parte da escola, a falta de iniciativa tende a ser o principal motivo de desentendimentos. Vejamos um caso: quais ações são prontamente desencadeadas quando ocorrem cenas explícitas de agressão, deboche, discriminação e preconceito antes de essa prática virar uma rotina na instituição? A seriedade do assunto não pode deixar que esses atos rolem soltos e omitir-se é abdicar do papel educativo. Afinal, estamos ensinando aos jovens o que é (des)respeito. E nós, profissionais da Educação, muitas vezes sem saber o que fazer, acabamos por agir em algumas situações (como a do bullying) só quando cutucados pelo conselho.

Sem dúvida, os conselhos tutelares podem ser grandes aliados dos educadores se forem usados em favor do nosso trabalho na formação de crianças e adolescentes. Se a relação dos conselheiros com a escola não satisfaz aos anseios da sociedade, cabe a nós mudar esse rumo, em que o respeito aos estudantes seja uma tarefa coletiva entre conselhos tutelares, famílias e escolas.


Parabéns a todos os candidatos e sorte a todos. Professor Gilneide Maia (Pedagogo)

Por MAYKON OLIVEIRA

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