No último dia 04 de novembro, o mundo ouviu uma das frases mais marcantes da história: “Se existe alguém que ainda duvide que os Estados Unidos sejam o lugar onde todas as coisas são possíveis, que ainda questione a força de nossa democracia, a resposta está aqui esta noite.” Seu autor? Barack Obama, o presidente que acabara de ser eleito na maior potência do planeta.
Quem podia imaginar que um filho de Honolulu, maior cidade e capital do Havaí, pudesse chegar à presidência? Quem podia acreditar que um representante da “minoria” negra um dia iria ser o líder maior da pátria que tanto oprimiu esse povo?
Muitas são as perguntas, grandiosos são os questionamentos, mas existe uma resposta muito clara para tudo isso: Obama representa o novo. Nunca se viu tantos republicanos aplaudindo um democrata. Nunca se viu um democrata que tivesse um discurso que agradasse a maioria (inclusive, aos próprios republicanos). Contudo, não posso ser enfático demais em repetir o jargão de muitos, que se tratando do “Lulismo” e das últimas eleições no Brasil, entoavam o coro de que a “esperança venceu o medo”. Bom, em solo estadunidense talvez essa concepção não seja a mais correta, não pelo fato de Barack ser esperança (pois ele era), e sim, por que o “medo” nos EUA é algo mais abrangente. É a crise econômica, a desconfiança das elites, a conquista da opinião internacional e um tabu, isso mesmo, o fato de um negro chegar a Casa Branca.
Assim, podemos colocar o pleito estadunidense como um dos mais importantes da história. O mundo “parou” durante as apurações. Todos queriam saber do resultado, inclusive na nossa cidade, pois dezenas de pessoas acompanhavam com atenção, durante a madrugada, a apuração em cada um dos 52 estados norte-americanos. Ao fim, muitos comemoraram, lá e aqui. Fato muito curioso, pois a mídia nacional falou tanto de Obama que a sua imagem se tornou tão presente na vida das pessoas. Alguns até chamavam de “Obama mania”, mas concebo como algo mais forte, mais presente, e chamado vitória da democracia.
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