Tão antiga, quanto à figura do
político incompetente, é a figura repetida do “babão”. Um típico sujeito
fanático, que transforma um político em ídolo e passa o enxergar como uma
figura pop, às vezes quase como uma divindade.
Essa distorção psicológica parece
tão íntima que o babão não sabe discutir o trabalho desenvolvido pelo “seu
ídolo” senão particularizando o discurso, ou seja, tomando os questionamentos e
as críticas como ofensas pessoais. Isso ocorre, aparentemente, porque o babão
passa a ter certeza de que aquele político é um “HOMEM PERFEITO”, “INFALÍVEL” e
por isso “INQUESTIONÁVEL”. Dessa forma o “sujeito babão” passa a distorcer o
discurso crítico, enxertando nele palavras que possam justificar sua
insatisfação e a sua revolta contra as críticas.
No entanto, se por um lado
QUALQUER GESTOR PÚBLICO sabe que pode contar com a figura dos “babões” para
magnificar e supervalorizar seus feitos, por outro lado QUALQUER GESTOR PÚBLICO
RESPONSÁVEL sabe que democracia se constrói com opinião pública livre.
Administração pública não é
espetáculo circense ao qual devamos aplaudir sem senso crítico e sem
compromisso, pelo contrário é algo extremamente sério ao qual devemos dar a
devida atenção para comemorarmos os ganhos, mas também reclamar das perdas.
Além disso, se de um lado se pode
acusar de irresponsável o gestor que reluta em sanar problemas evidentemente
danosos a sociedade, do outro lado se pode falar da culpabilidade do “babão”
como colaborar de uma propaganda enganosa que insiste em vender a imagem de perfeição.
Portanto, evidenciar os problemas
persistentes e subestimados por nossos gestores não tem nada a ver com a
POLITICAGEM ELEITOREIRA, à qual “GESTOR POP” e “ELEITOR FANÁTICO” tornam-se
figuras indispensáveis.
Por fim, devo considerar que
qualquer “babão” é, sobretudo, egoísta, pois suas ações visam apenas à promoção
pessoal, em detrimento do DEVER QUE TODA GESTÃO PÚBLICA TEM de beneficiar o
coletivo.
Texto: Cristiano Almeida (Via http://www.campograndern.com.br)
Por MAYKON OLIVEIRA
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