(Foto: Márcio Fernandes/AE).
SÃO PAULO - "Quebrar, quebrar é melhor pra se manifestar". O grito de
guerra do grupo que tentou invadir a Prefeitura de São Paulo na noite
de terça-feira, 18, ferindo dois guardas-civis municipais, marcou o
sexto ato contra a tarifa de ônibus, que começou de forma pacífica e
terminou com o retorno da Tropa de Choque à cena e pelo menos 47 presos.
Cinco
dias depois do protesto mais violento até agora, uma nova manifestação
terminou, pela primeira vez, com lojas saqueadas no centro (pelo menos
20) e o Teatro Municipal pichado. Depois da concentração na Praça da Sé,
os manifestantes se dividiram em dois grupos. O primeiro seguiu para a
Avenida Paulista, novamente interditada. Até a meia-noite, o clima era
de tranquilidade. Depois, um grupo de mascarados vindo do centro ateou
fogo a um painel da Copa e atirou pedras na polícia.
Já no
grupo que seguiu para o Viaduto do Chá a tensão era total: houve
tentativa de arrombamento do Edifício Matarazzo (sede do governo
municipal), vidraças foram quebradas e a fachada, pichada, sob gritos de
"sem moralismo". Na sequência, o grupo colocou fogo em uma cabine da PM
e em um furgão da Rede Record, por volta das 20h. Tudo isso a cerca de
150 metros da sede da Secretaria da Segurança Pública do Estado. Só após
o vandalismo os bombeiros seguiram para o ponto atacado. Não havia PMs
na área.
Fonte: Estadão
Por MAYKON OLIVEIRA
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