O acesso ao bom saneamento é igualmente difícil. As latrinas bem construídas oferecem um saneamento excelente e seguro, mas no caso de nossa cidade, isso é uma exceção. Poucas são as ruas que dispõem desses mecanismos. Ao visitarmos vários bairros em nossa cidade, constatamos a gravidade do problema. Para se ter uma idéia, no Conjunto Aroldo Maia logo nos deparamos com inúmeros esgotos a céu aberto, nos quais eram despejadas principalmente águas oriundas de lavagens de roupas e também dos utensílios de cozinha.
Esgoto a céu aberto, no Conjunto Aroldo Maia.
No Bairro Leandro Bezerra, algumas ruas possuem sistema de esgoto, mas as obras de saneamento básico ainda deixam muito a desejar. O pior, é que grande parte deles escoam para os dois maiores açudes da cidade, o de Sabóia e o Grande (Governo), contaminando e comprometendo a qualidade da água e também a própria biodiversidade local.
Açude do Governo (As águas do açude de Sabóia, que recebe os dejetos, transbordam para esse manancial)
Finalmente, chegamos a um dos trechos mais críticos, um açude, localizado no centro. Apesar de ser de propriedade particular, o manancial é o local em que quase todos os esgotos da cidade se acumulam. Ao transbordar, as águas contaminadas banham vastas porções do território caraubense, desaguando no Rio Carnaubinha/Sabe-Muito, um dos maiores do município. Posteriormente, vai chegar ao açude Apanha-Peixe, seguindo para as águas do Rio Apodi-Mossoró.
Galeria que cruza a cidade (Centro)
Açude que recebe quase todos os dejetos da zona urbana.
Por MAYKON OLIVEIRA
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